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sexta-feira, 21 de junho de 2019

Dica de ballet sobre o jeté

Jeté




Oi bailarinas! Vamos falar sobre o jeté hoje?

Como disse anteriormente, muitos passos derivam do tendu, e o utilizam durante sua execução.
O jeté  é "primo" do tendu, a única diferença é que ele sai um pouquinho do chão.
Existem vários tipos de jeté  no ballet, mas quando estamos na barra, dizemos jeté  para nos referirmos ao petit battement jeté.

Para a sua execução, devemos passar todos os nossos dedos no chão até esticá-los (posição de ponta do pé),
como uma língua lambendo o piso, para então elevar um pouco o pé no ar.
O caminho de volta é feito da mesmo forma, colocando a ponta dos dedos suavemente no chão e fechando a perna "lambendo" o piso com os dedos.
Quando você faz o jeté corretamente, arrastando os dedos na ida e na volta, ele faz um barulho de vassourinha varrendo o chão.

Assim, para fazer o jeté,  rode o en dehors, faça tudo como no tendu e mais a vassourinha!

Neste vídeo demonstro tudo:


quarta-feira, 12 de junho de 2019

Tendu - dicas importantes


Tendu - dicas importantes

Vamos falar sobre o tendu (pronuncia-se “tandí”), que é um dos principais passos do ballet, junto com o plié, pois todos os outros passos terão um tendu  ou/e plié nele.
Tendu quer dizer “esticado”, por isso a primeira coisa que você precisa saber é que se deve manter muito bem esticado o joelho e o pé, ao máximo que conseguir!

Uma dica diferente que quero dar é: coloque-se na postura de ballet, rotacionando toda a sua coxa para fora, fazendo esforço para posicionar as pernas en dehors; “Feche o zíper” do abdome para encaixar a postura; Ao tirar o tendu devant (para frente), você deve prestar atenção para manter a perna de base na rotação en dehor; Com a perna do movimento, comece o tendu mostrando o calcanhar primeiro, até chegar à ponta do pé.

Quando os professores dizem para “deixarmos o corpo para cima”, querem dizer que, ao longo do passo, devemos continuar fazendo as forças de rotação de pernas, e essa força traz a postura para cima! O corpo todo deve estar comprometido com o passo, e não só os pés.

É muito frequente que, ao realizar o tendu, a bailarina relaxe a perna de base, desalinhando o tronco e o quadril. Para que isso não aconteça, deixe seu corpo todo comprometido: faça o tendu devant com a postura “para cima”.

Veja o vídeo para entender melhor:

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Plié - dicas e maneira correta de fazr




Plié - como fazer corretamente?



Quais são os dois principais passos do ballet? O plié, que quer dizer “dobrar” e o tendu, que quer dizer “esticar”. Esse dois passos são os principais porque todos os outros passos vão usar o plié e/ou tendu  para serem executados. Então devemos saber fazer esses dois passos muito bem, para podermos avançar na nossa técnica.

A dica de hoje é sobre o plié.  Como já dissemos, plié  = dobrar, e mais especificamente dobrar os joelhos. No dia-a-dia, costumamos dobrar os joelhos para, por exemplo, sentar numa cadeira, colocando o quadril para trás e a cabeça para frente. Porém, o ballet é totalmente diferente do dia-a-dia! No ballet, para fazermos o plié, o quadril fica alinhado em cima dos pés, dobramos e esticamos os joelhos fazendo um movimento apenas para cima e para baixo.

Assim, quando sua professora disser “encaixe o quadril!”, o que significa?
Imagine que seu corpo é formado por caixas. Uma caixa representa os pés, outra, o quadril, e ainda duas outras para os ombros e a cabeça; e devemos empilhá-las uma em cima da outra, todas bem alinhadas.  Ou seja, quando uma parte do corpo está desencaixada, significa que essa caixinha está um pouco “para fora” da sua pilha de caixas!

Outra coisa importante para seu plié é que ele deve ser feito “para fora”, ou seja, é en dehor. Diferentemente do dia-a-dia, em que dobramos os joelhos para frente ao andar, abaixar e levantar, no ballet iremos dobrá-los com a rotação das pernas totalmente para fora. Então, ao fazermos um plié, dobramos os joelhos com eles apontando para fora, criando a forma de um diamante ou losango bem grande com as pernas. Se você ainda não possui muita força para manter o en dehor, os joelhos cairão a para frente e o diamante formado será pequeno. Por isso, é importante se esforçar para fazer um plié  “para fora”.
Veja o vídeo para entender melhor:



quarta-feira, 29 de maio de 2019

Postura correta na barra

A primeira dica que eu quero dar pra vocês que estão começando o ballet agora é sobre qual a postura correta quando estamos na barra. Talvez as professoras não falem isso no primeiro dia, ou deixem de passar essa informação, apesar de ser muito importante!

Então, qual a postura correta na barra? Quão perto ou longe dela devemos ficar?
Não podemos ficar muito próximos à ela, com o corpo colado na barra e o ombro para cima, nem muito distantes, com o corpo torto.  Devemos ficar bem alinhadas e encaixadas, não muito perto nem muito longe da barra, posicionando o braço da barra à frente do nosso corpo (se o colocarmos muito perto, perdemos espaço). Além disso, a mão não deve se enroscar na barra, pois assim criaremos o costume de manter a mão de “play-mobil” , “segurando uma maçã”. Na “mão de bailarina” correta, o dedão deve ficar escondido atrás do terceiro dedo. Nesta mesma posição, depositamos levemente a mão sobre a barra.


sexta-feira, 8 de março de 2019

Feliz dia Internacional da Mulher às profissionais da Dança

Parabéns mulheres pelo nosso dia Internacional! Muitas foram as conquistas até agora e não podemos nos esquecer da história. Vou postar aqui algumas mulheres da dança e seus feitos. Apenas algumas...
A bailarina Marie Taglioni foi conhecida por dançar pela primeira vez um ballet completo nas pontas (Les Sylphides) e é atribuído a ela também a criação do que seria a primeira sapatilha de ponta e o primeiro tutu.
À bailarina Ana Pavlova é atribuído a criação da sapatilha de ponta da forma que utilizamos hoje.
Isadora Duncan foi precursora da dança moderna e contemporânea. Era bailarina, coreógrafa e professora de dança. Isadora utilizava vestidos e batas leves em suas apresentações, sempre descalça. Ensinava sua dança somente a mulheres e chegou a adotar legalmente 6 moças para viabilizar as viagens de suas apresentações.
Martha Graham, conhecida como mãe da dança moderna criou uma técnica baseada na respiração (inspiração-contração, expiração-relaxamento) e em suas apresentações os bailarinos sempre representavam seres humanos e a temática tinha sempre um cunho social.
Na atualidade são inúmeras as mulheres que fazem e fizeram a diferença na dança ou através da dança.
Eu gostaria de citar Misty Copeland que em 2015 se tornou a primeira mulher afro-americana a ser promovida a dançarina principal nos 75 anos de história da ABT (American Ballet Theatre). Não sei de outra negra Americana ou não que tenha conseguido esse papel antes dela em qualquer companhia clássica do mundo.
Quanto ao nosso País, tenho minhas referências também. Vinda da Hungria, Márika Gidali com o Ballet Stagium dançou por todo o Brasil levando dança onde não existia, desde a década de 70. Eu mesma, em Itu, fui influenciada por essa cia, a única cia de dança profissional a se apresentar na minha cidade nas décadas de 80/90. Cheguei a trabalhar com ela no início dos anos 2000 quando vim para São Paulo. Não foi fácil, devido a sua rigidez, mas ainda assim uma honra.
Graziela Rodrigues, bailarina, coreógrafa e professora criou um método conhecido mais pelas alunas da UNICAMP como eu, mas que deveria ser conhecido por muito mais gente. Ela pesquisou o corpo do dançarino popular e aplicou estruturas e conceitos vindos desses corpos e dessas danças a um processo artístico e criativo direcionado a bailarinos brasileiros contemporâneos. Difícil resumir em palavras toda a sua contribuição para a dança. Mas passar pelo seu processo mudou minha vida e minha dança.
Hoje em dia, de longe, admiro o trabalho de algumas mulheres da dança no nosso país que não estou relacionada também.
Acredito que todos deveriam conhecer o trabalho artístico da Deborah Colker que é absolutamente incrível.
E aqueles que não sabem o que a incrível Inês Bógea faz à frente da São Paulo Companhia de Dança desde que assumiu sua direção poderiam se informar. É uma resistência artística pública, é fomento, é formação de público, formação de bailarinos, é dança de alto nível a preços populares e orgulho para nosso país.
Socialmente falando admiro de longe o trabalho da Fernanda Bianchini à frente do Ballet de Cegos.
E por fim, quero prestar minha homenagem a todas as mulheres, minhas colegas de trabalho, que vivem a vida na dança. Quer seja como bailarina, professora, coreógrafa, dona de escola. São mulheres que muitas vezes fazem jornadas duplas ou triplas, algumas mulheres que abdicam de uma vida pessoal em função da dança. Têm uma vida cheia de dores físicas mas muitas vezes sorrindo. Que não tem finais de semana livres. Que não podem porque  tem ensaio. Que fazem por amor e que muitas vezes não são pagas porque as pessoas não consideram profissão. Que ainda recebem menos que os homens em uma profissão de maioria absoluta de mulheres. Mulheres, acreditem, a dança não existiria sem vocês.