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domingo, 30 de agosto de 2020

Do jeté ao grand battement - importante dica de ballet

 Oi bailarinas! Pro Renata voltou para dar mais uma dica pra vocês!


Tinha prometido falar sobre o jeté  em duas partes. A primeira parte está nesse post aqui. Agora, vamos falar sobre a segunda dica!


Vocês já viram como deve ser a postura de uma bailarina (rotação do en dehor, caixas alinhadas, “zíper” fechado…) e que ela deve ser mantida durante a barra inteira. 

Porém, uma dificuldade muito comum entre bailarinas iniciantes é a de separar os movimentos do quadril e da perna. Muitas vezes a bailarina “engessa” a articulação quadril-perna, e durante o jeté o quadril é elevado e a coluna entortada enquanto a perna se move. 


Para corrigir essa dificuldade, muitas professoras dizem para “não sambar” e para “travar o quadril”. Na verdade, o que devemos fazer é soltar essa articulação. A articulação coxofemoral tem o acetábulo da bacia (região côncava), na qual é encaixada a cabeça do fêmur (ou seja, a perna). Se essas duas partes ficarem “grudadas” e movemos  tudo de forma engessada, o quadril vai subir e descer conforme a perna se mexe. Devemos estabilizar o quadril e soltar apenas a perna. É um trabalho de consciência corporal para liberarmos a perna para fazermos o grand battement com o quadril encaixado. 








sexta-feira, 8 de março de 2019

Feliz dia Internacional da Mulher às profissionais da Dança

Parabéns mulheres pelo nosso dia Internacional! Muitas foram as conquistas até agora e não podemos nos esquecer da história. Vou postar aqui algumas mulheres da dança e seus feitos. Apenas algumas...
A bailarina Marie Taglioni foi conhecida por dançar pela primeira vez um ballet completo nas pontas (Les Sylphides) e é atribuído a ela também a criação do que seria a primeira sapatilha de ponta e o primeiro tutu.
À bailarina Ana Pavlova é atribuído a criação da sapatilha de ponta da forma que utilizamos hoje.
Isadora Duncan foi precursora da dança moderna e contemporânea. Era bailarina, coreógrafa e professora de dança. Isadora utilizava vestidos e batas leves em suas apresentações, sempre descalça. Ensinava sua dança somente a mulheres e chegou a adotar legalmente 6 moças para viabilizar as viagens de suas apresentações.
Martha Graham, conhecida como mãe da dança moderna criou uma técnica baseada na respiração (inspiração-contração, expiração-relaxamento) e em suas apresentações os bailarinos sempre representavam seres humanos e a temática tinha sempre um cunho social.
Na atualidade são inúmeras as mulheres que fazem e fizeram a diferença na dança ou através da dança.
Eu gostaria de citar Misty Copeland que em 2015 se tornou a primeira mulher afro-americana a ser promovida a dançarina principal nos 75 anos de história da ABT (American Ballet Theatre). Não sei de outra negra Americana ou não que tenha conseguido esse papel antes dela em qualquer companhia clássica do mundo.
Quanto ao nosso País, tenho minhas referências também. Vinda da Hungria, Márika Gidali com o Ballet Stagium dançou por todo o Brasil levando dança onde não existia, desde a década de 70. Eu mesma, em Itu, fui influenciada por essa cia, a única cia de dança profissional a se apresentar na minha cidade nas décadas de 80/90. Cheguei a trabalhar com ela no início dos anos 2000 quando vim para São Paulo. Não foi fácil, devido a sua rigidez, mas ainda assim uma honra.
Graziela Rodrigues, bailarina, coreógrafa e professora criou um método conhecido mais pelas alunas da UNICAMP como eu, mas que deveria ser conhecido por muito mais gente. Ela pesquisou o corpo do dançarino popular e aplicou estruturas e conceitos vindos desses corpos e dessas danças a um processo artístico e criativo direcionado a bailarinos brasileiros contemporâneos. Difícil resumir em palavras toda a sua contribuição para a dança. Mas passar pelo seu processo mudou minha vida e minha dança.
Hoje em dia, de longe, admiro o trabalho de algumas mulheres da dança no nosso país que não estou relacionada também.
Acredito que todos deveriam conhecer o trabalho artístico da Deborah Colker que é absolutamente incrível.
E aqueles que não sabem o que a incrível Inês Bógea faz à frente da São Paulo Companhia de Dança desde que assumiu sua direção poderiam se informar. É uma resistência artística pública, é fomento, é formação de público, formação de bailarinos, é dança de alto nível a preços populares e orgulho para nosso país.
Socialmente falando admiro de longe o trabalho da Fernanda Bianchini à frente do Ballet de Cegos.
E por fim, quero prestar minha homenagem a todas as mulheres, minhas colegas de trabalho, que vivem a vida na dança. Quer seja como bailarina, professora, coreógrafa, dona de escola. São mulheres que muitas vezes fazem jornadas duplas ou triplas, algumas mulheres que abdicam de uma vida pessoal em função da dança. Têm uma vida cheia de dores físicas mas muitas vezes sorrindo. Que não tem finais de semana livres. Que não podem porque  tem ensaio. Que fazem por amor e que muitas vezes não são pagas porque as pessoas não consideram profissão. Que ainda recebem menos que os homens em uma profissão de maioria absoluta de mulheres. Mulheres, acreditem, a dança não existiria sem vocês.